4ª Revolução Industrial. Oportunidade ou Ameaça?

Publicada por Bruno de Lacerda na categoria Inovação no dia 23 maio 2018

Presenciamos um novo cenário mundial. Um novo contexto político, econômico e social com inúmeras oportunidades e desafios através da 4ª Revolução Industrial, ou Industria 4.0, como também é chamada.

O termo foi difundido pelo alemão Klaus Schwab, durante o Fórum Econômico Mundial, onde lançou questionamentos e desafios acerca da atual onda de novas tecnologias.

Não são meros avanços incrementais, estas tecnologias emergentes surgiram com propostas e possibilidades disruptivas, subvertendo formas já existentes de sentir, calcular, organizar, relacionar, expressar e tomar decisões.

Antes de entrarmos no quesito de prosperidade ou ameaça, é importante conhecer as fases de cada evolução industrial.

A Primeira Revolução Industrial aconteceu através da força do vapor. A Segunda Revolução Industrial teve como objeto a energia elétrica. Já a Terceira Revolução Industrial surgiu com a eletrônica e TI. A 4ª Revolução Industrial chega quebrando paradigmas, através da convergência entre o mundos, físico, digital e biológico. Todos integrados em prol das novas necessidades e hábitos da sociedade.

 

Fonte: arktis.com.br

É um novo Mindset que está moldando o futuro – que já é o agora – e o caminho da humanidade. Tudo está acontecendo numa velocidade tão grande que ainda não conseguimos ter a percepção das oportunidades e ameaças que temos pela frente. A grande questão é como iremos lidar com os desafios.

E atenção! Não se trata apenas de tecnologia, pelo contrário, como o próprio Ricardo Cappra citou em sua apresentação durante o Festival Patch 2018:

“Na inovação a tecnologia não é protagonista, ela é meio. Os protagonistas continuam sendo as pessoas, que quando exploram esse recurso da melhor forma possível, potencializam seus negócios e decisões”.

 

Está cheio de futurólogos prevendo robôs dominando o mundo num futuro próximo. Mas pode acreditar, caso isto aconteça (o que é muito difícil), a 4ª Revolução Industrial será um fracasso e extremamente tóxica para a sociedade.

Claro que em trabalho e processos repetitivos os robôs irão dominar. A automação vêm evoluindo desde a década de 70, com o avanço da robótica este seria um caminho natural.

Se focarmos em tecnologias de forma isolada, como simples ferramentas, todo o potencial positivo da 4ª Revolução Industrial irá flopar. Elas precisam fazer sentido e diferença na vida das pessoas, princípio básico da inovação.

 

Tecnologias emergentes como IA, IoT, Automação, Robótica, Blockchain, Machine Learning, RA, RV, etc, são sensacionais e sexy, capazes de transformar – para o bem ou para o mau – a sociedade e o mundo.

 

Klaus Schwab cita 3 importantes desafios para que a Industria 4.0 prospere:

 

  1. Nos certificar dos benefícios desta nova onda para que sejam distribuídos de forma justa e igual. Precisa ser inclusiva e sustentável, caso contrário, a desigualdade e soberania das grandes potências mundiais irá reverberar. 
  2. Controlar as externalidades no que diz respeito aos possíveis riscos e danos. A computação quântica por exemplo poderia causar riscos significativos de segurança e privacidade. Armas de destruição em massa de fácil acesso e, assédio online também devem ser gerenciados. 
  3. Que seja feita por humanos e para humanos. Não podemos perder a nossa essência e valores, a 4ª Revolução Industrial precisa ser centrada na humanidade. É como o pensamento sistêmico do Design Thinking, pessoas como os principais agentes na transformação. Empoderamento e oportunidades. 

 

Benefícios e desafios da Transformação Digital são similares, é preciso ligar os pontos das relações entre a tecnologia e suas oportunidades exponenciais. É fundamental compreender as reais necessidades humanas e como podemos incorporar tecnologias emergentes com significado genuíno.

Precisamos rever também os atuais modelos de Governança, com mais agilidade e compatibilidade, incluindo os setores privado, governos e instituições regulatórias.

Os regulamentos e normas estão sendo estruturados por esta poderosa gama de oportunidades das tecnologias emergentes. Cabe a nós, trabalharmos em prol de uma sociedade mais evolutiva, a fim de moldarmos a 4ª Revolução Industrial pela prosperidade.

Inovação não acontece num passe de mágica, é um processo centrado nas pessoas, não em tecnologias! 

 

Gostaria da sua opinião. 😉

Grande abraço.

Bruno de Lacerda™

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