As pesquisas tradicionais estão com os dias contados.

Publicada por Amem na categoria Neuromarketing no dia 18 agosto 2015

Cérebro humanoQuase 95% das informações na nossa mente estão no nosso inconsciente, somos tendenciosos a mentir, nos autoenganar. Muitas vezes não estamos cientes das nossas mentiras, dos engodos, tornando a verdade somente para nós mesmos.

O autoengano tem a função de ocultar informações na nossa mente consciente. A maioria de nossas ações são por motivos emocionais e de sobrevivência, com isso somos influenciados na maior parte do tempo pelo sistema límbico – situado na área cubcortical do cérebro – responsável pelas nossas emoções. Já no córtex pré-frontal, processamos nosso comportamento racional, ou seja, consciente.

Acontece que, a emoção é mais antiga evolutivamente do que a razão. A primeira (processada no sistema límbico) funciona de maneira mais poderosa do que a segunda (processada no córtex pré-frontal), sendo que a razão sempre tenta justificar a emoção.

Devido a todos esses fatores biológicos dos seres humanos, põe em dúvida e levanta questionamentos os métodos tradicionais de pesquisa de mercado, visto que a maioria das informações estão sendo processadas de maneira inconsciente, longe daquilo que as pessoas são capazes de verbalizar ou perceber.

Nosso cérebro reptiliano (primitivo) processa informações em milésimos de segundos, o que nem sempre dá tempo para o córtex pré-frontal agrupar e organizar essas ideias de maneira consciente.

Até mesmo uma pesquisa etnográfica, que é de observação, pode conter seu viés não só do indivíduo pesquisado, mas como do pesquisador, já que também esse é um ser humano e distorce não intencionalmente a realidade observada.

As pesquisas tradicionais precisam, ou melhor, já deveriam ser baseadas no neuromarketing, com uso de técnicas e equipamentos de diagnóstico por imagens, capaz de identificar sentimentos e sensações biológicas do ser humano.
Um grande exemplo da obsolescência dessas pesquisas foi comprovado no primeiro turno das eleições no Brasil. Erros grosseiros sobre a intenção de voto aconteceram.

Qual será o motivo? Sabemos que estatística é como biquíni, mostra um monte de coisas, mas esconde algo de mais importante, que nesse caso seria o fidedigno sentimento das pessoas. O eleitor nem sempre tem a real noção do que está sentindo, sofre pressões sociais e acaba sendo influenciado por grupos e pela opinião pública.

A necessidade de pertencimento acaba levando o indivíduo a ignorar suas próprias decisões, agindo pelo impulso e emoção – olha aí o sistema límbico prevalecendo. Esse tipo de pensamento pode induzir (e induz) a resultados equivocados em pesquisas tradicionais.

O neuromarketing não busca a verdade, e sim as falácias, mitigando o viés e aproximando a verdadeira intenção e opinião do indivíduo. O mundo evoluiu, os recursos de aplicação em pesquisas também precisam acompanhar o mundo moderno. Métodos avançados de estudos biológicos possibilitam identificar não o que o ser humano quer dizer, mas o que ele realmente sente.

Podemos decretar que os métodos de pesquisas tradicionais estão com os dias contados? Dê a sua opinião!

http://www.implantandomarketing.com/pesquisas/

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